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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Micropolíticas, cartografias e heterotopias urbanas: derivas teórico-metodológicas sobre a aventura das (nas) cidades contemporâneas

Micropolíticas, cartografias e heterotopias urbanas: derivas teórico-metodológicas sobre a aventura das (nas) cidades contemporâneas

Autor

RAFAEL ESTRADA MEJÍA*

Resumo A que nos referimos quando falamos de micropolíticas, cartografias e heterotopias urbanas? Quais são suas contribuições e implicações em relação à antropologia das (nas) cidades contemporâneas? Neste trabalho evidencio que a prolífica distorção destes conceitos teria potencializado a sustentação de um regime identitário nos processos de subjetivação. Rastreio seu uso e enfatizo sua relação com a alteridade, entendida como o campo de forças vivas que nos atingem e se apresentam em nossos corpos por meio de sensações, isto é, a “presença viva” com a qual é possível criar nossos “territórios existenciais”, requisito para que deixe por fim de constituir um mero objeto de “projeção de imagens preestabelecidas”. Procuro em seguida indicar a relevância tanto teórica quanto pragmática dos mesmos a partir de uma revisão bibliográfica que privilegia uma linha de pensamento, suspeitamente esquecida, que navega na contramão do mainstream da antropologia, apesar de suas profusas expressões no Brasil desde pelo menos a década de 1980. Palavras-chave: Antropologia urbana, Metodologia, Alteridade, Subjetividades.


(...)

A micropolítica, antes de tudo, repousa sobre uma concepção singular do corpo e do desejo. Um corpo não se restringe a um organismo. Da mesma maneira, o espírito de um corpo não se reduz à alma do mesmo. O espírito não é melhor, porém é volátil, enquanto a alma é gravífica, centro de gravidade (DELEUZE; GUATTARI, 1994: 372). Por conseguinte, não se trata do corpo da medicina ou do fitness, mas do corpo no sentido espinosista, nietzscheano. Isto é, por um lado, o corpo apreendido na sua capacidade de afetar e ser afetado, na sua dupla dimensão de atração e repulsão. Por outro lado, tratase de um corpo entendido como uma relação entre forças ativas e reativas. Qualquer relação de forças é o que define um corpo: químico, biológico, social, político.

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file:///C:/Users/joselima/Downloads/16876-68097-1-PB.pdf  

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